quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Medo

Eu tenho medo de cair em algum buraco e não ter ninguém para me ajudar. Medo de não passar na faculdade, medo de desistir de tudo antes de tentar. Eu tenho pavor de ser mais madura do que muitos ao meu redor. Medo de maguar os que eu amo, de não saber o verdadeiro significado da palavra amor, de nunca ter tido um grande amor. Medo de nunca ir um dia para a Itália. Medo de não conseguir acreditar nas pessoas, medo de ter medo de sinceridades. Eu tenho pavor de ter medo de abraços, de beijos e carinhos. Medo de ter alergia a felicidade, medo de não crescer mentalmente, medo de ser sozinha no mundo. Medo de não saberem meu nome, nem quem eu sou. Medo de querer ser mais do que posso, medo de ter sonhos não realizados. Medo de ter medo. Medo de escolher o caminho errado, com a pessoa errada, medo de ter sonhos errados. Odeio ter medo de me arriscar, de me jogar de uma escada, de me machucar. Odeio ter medo de formigas, de escuro e de fugir de casa. Tenho medo dos que me rodeiam, dos que me fazem acreditar que a idiota sempre sou eu, dos que não tem só uma, mas sim, duas caras. Medo de não ter compromissos sérios, de ser excluída pela sociedade, de terem inveja de mim. Medo de ter rancor e raiva, medo de olhar para alguém e não conseguir pronunciar seu nome. Medo da realidade, do felizes para sempre, dos contos de fadas. Medo de crescer. Medo de crescer acreditando que maçãs são ruins, que sapatinhos podem ser de cristais, que cabelos podem virar cordas e que um beijo poderá me acordar. Medo das verdades. Medo das suas verdades. Medo de alguém, medo de ninguém. Eu tenho medo.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Abraços

Naquele momento, onde ninguém poderia me ajudar, onde não existe travas para as minhas lágrimas, onde eu não consigo pronunciar nenhuma palavra, mesmo que quisesse, talvez não seja uma solução, mas o melhor aliviador, é o abraço. Num simples aperto de braços ao redor do meu corpo, eu me sinto segura. Em um lugar livre, que ninguém irá me perturbar, me fazer mal, nem jogar o meu coração no lixo, como fizeram das outras vezes. E sempre, eu tenho um abraço para me acolher. Não é o mesmo abraço, mas é sempre o abraço. Apertado, com carinhos nas costas, com cafuné na cabeça, mas quase nunca, acompanhado de palavras. Talvez um "Não fica assim" ou "Você vai melhorar", mas eu prefiro mesmo quando o abraço é silencioso, quando eu consigo me concentrar no calor do seu corpo, quando consigo sentir o afeto que ele sente por mim. Um gesto que diz tantas coisas, um modo de passar confiança, uma coisa tão bonita. Um simples abraço amigo, é tudo o que eu preciso nesse momento.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Felicidade

Não me canso de ouvir pessoas falando que querem ser feliz, querem a tal felicidade que todos comentam. Eu acredito que ela exista e que podemos sim conseguí-la, mas...Sem nem ao menos tentar? Ok, pedimos, rezamos, alguns fazem loucuras procurando ser felizes, mas é o suficiente? Não credito que ela vá cair dos céus e também acho que a felicidade não depende apenas de um ato de coragem e sim, de um conjunto deles. Felicidade não dura para sempre, mas podemos criar várias delas, enquanto vivermos, lembrando também que nós não somos eternos, pelo menos não aqui na terra. Ser feliz depende de nós, depende de quem está do nosso lado, depende de como é seu sorriso para aquela fotografia. Depende de qual abraço você prefere, de para onde vai no fim de semana e de com quem vai. Depende do seu namorado ou namorada. Depende do amor, sim, exatamente dele. Depende de várias coisas. Não existe bem uma regra para ser feliz, só é preciso querer muito e correr atrás. Mas nunca se esqueça do que você quer. O que você precisa para ser feliz? A felicidade não vai vim sozinha, certo? Você precisa de dinheiro? Estude, trabalhe, dê tudo de bom que você tem. Você quer um amor? Espere ele bater a sua porta e o receba com carinho. Você quer amigos? Seja você mesmo, mas sempre se importando com o proximo e se perguntando se ele também quer ter a felicidade, talvez o que ele tanto esperava esse tempo todo, seja exatamente você. Só é preciso de oportunidades, compreensão, fé e mais nada.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Love

Não acho que seja complicado falar sobre ele, só acho que é praticamente impossível escolher apenas uma teoria. Existe apenas um sentimento, mas vários jeitos de sentí-lo. Eu prefiro pensar assim. Te amo hoje, pretendo te amar amanhã. Só para ficar claro, não amamos a perfeição. Amamos e então, idealizamos a tal perfeição. Somos criados, com sabedoria para podermos escrever no nosso caderno, nas nossas linhas. Temos que aprender que nem sempre teremos alguém ao nosso lado, para nos emprestar uma borracha e teremos que ajeitar aquilo de alguma forma, mesmo tentando apagar com a ponta do dedo. Talvez até conseguiremos, mas ainda sim, ficará a marca no papel e na nossa pele. Amor é uma coisa que só quem já sentiu, sabe. Não podemos explicar o primeiro beijo, o primeiro olhar, o primeiro telefonema. Eu amo meu pai, minha mãe e meus irmãos, talvez seja o mesmo amor, mas com certeza, o dos meus pais tem uma intensidade maior. Amo meu colegas, mas não tanto quanto amo meus amigos e muito menos, meus melhores amigos. Posso amar aquele garoto, mas não do jeito que ele me ama e essas diferenças de amor, é que transformam meu sentimento em uma coisa ruim. Chegamos a conclusão de que amor não é tão ruim quanto parece, ou pode ser melhor do que se imagina, mas depende muito de quem você está amando.

Prazer, eu sou Maria Eduarda C.